terça-feira, 25 de novembro de 2014

Capítulo 10: "As migrações dos povos germânicos"

Com esse post finalizamos a matéria da av2

Quem eram os bárbaros?
Geralmente os bárbaros são associados aos germânicos. Na época, por volta dos séculos III e IV, o bárbaro era aquela pessoa (ou um grupo) que vivia fora do Império Romano e não falava o latim. É possível destacar vários povos, como: os godos, ostrogodos, visigodos, saxões, francos, lombardos, hunos, dentre outros. Em torno dos séculos IV e V os avanços e conflitos entre os germânicos e o Império Romano eram evidentes e após a queda do império, em 476 d. C, vários desses povos passaram a habitar diferentes domínios romanos. 

Por que entraram no Império?
É provável que os bárbaros estivessem em busca de climas mais amenos e por isso se dirigiram para o centro e para o Oeste da Europa. Ainda há a possibilidade de um forte crescimento populacional desses grupo, fato que teria provocado o deslocamento de parte deles para outras regiões por não haver espaço para todos.  
Alguns desses povos entraram no Império de modo pacífico e, inclusive, serviram de auxílio militar nas fronteiras, combatendo outros bárbaros ao lado dos exércitos romanos.

E como era a sociedade dos germânicos?
Essa convivência entre romanos e bárbaros e de suas culturas deram origem a algo novo; a uma cultura nova. Essa novidade foi a cultura e a sociedade medieval. Por exemplo, várias regras e leis surgidas ao longo do período medieval são definidas pelos costumes e pela tradição (ou na palavra difícil é algo consuetudinário). Trata-se de uma herança germânica porque as leis desses povos povos eram todas criadas pelos costumes. O comitatus dos germânicos também foi muito importante para a sociedade medieval, pois ela daria origem ao que se chama de feudalismo. O comitatus é uma ligação entre o comandante militar e os seus companheiros e, de acordo com esse vínculo, ficava estabelecido que os ganhos de guerra deveriam ser divididos entre os combatentes. O feudalismo estabelecido na História Medieval estabelecia que os campos deveriam ser divididos entre os nobres, ou seja, é possível perceber aí a influência do comitatus. Porque se entre os germânicos isso representava a divisão dos ganhos de guerra, séculos depois, na História Medieval o feudalismo dividia a terra entre os nobres.

sábado, 15 de novembro de 2014

Cap. 9: Roma - uma potência imperial

Conteúdo da AV2
Cap. 9: Roma: uma potência imperial (pág. 192-209)
Cap. 10: Os povos germânicos

Roma: uma potência imperial

O início do Império Romano coincide com a Pax Romana. O primeiro imperador romano foi Otávio, ele governou de 27 a. C. a 14 d. C. A Pax Romana, por sua vez, teve início no mesmo ano que começou o governo de Otávio, em 27 d. C e duraria até 180 d. C. Esses 153 anos são chamados de paz romana (27 d.C a 180 d.C), porque as guerras de conquista chegavam ao fim e não havia ameaças de revoltas internas ou forças estrangeiras que ameaçassem o Império Romano. (Vejam novamente o mapa da pág. 204 para ver a extensão do Império) Roma e seus domínios tiveram diversos imperadores ao longo de toda sua história, Otávio foi apenas o primeiro. É nesse momento também que se surge a política do "pão e circo". O Coliseu era o local aonde as pessoas iam para se divertir assistindo as lutas dos gladiadores, mas também lá, os espectadores recebiam pão. Em um contexto de alta de preços por causa da diminuição da produção agrícola
Quando a conquista estava garantida nas outras regiões os romanos levaram não apenas a sua cultura, mas também a sua língua e suas instituições. Lembrem-se que o latim, utilizado para a comunicação e a escrita foi levado para todas as regiões. Aliás, o latim deu origem à nossa língua, o português. Os romanos desenvolveram também o Direito; a base do nosso Direito atual foi o desenvolvido pelos romanos e ao longo do tempo, ele passou por diversas adaptações. O latim e o Direito foram apenas duas das principais contribuições culturais dos romanos para o nosso mundo atualmente.
De que forma foi feita a expansão romana? O Império Romano foi formado a partir de muitas guerras. Estabelecido o domínio romano as propriedades agrícolas passavam a utilizar a mão de obra escrava. Roma cobrava impostos pelos produtos produzidos e isto criava uma fonte de dinheiro para o Império a partir da produção e do comércio desses produtos. Estes recursos eram utilizados para pagar funcionário que administravam o império e para formar o exército para se defender e garantir a posse sobre os domínios.
No entanto, a expansão romana atingiu seu limite máximo e neste momento, começaram a aparecer sinais que indicavam para uma provável extinção do império. Com o fim da expansão, as lavouras deixaram de receber novos escravos. Logo, com a diminuição do número de pessoas no campo, a produção agrícola foi reduzida e por causa disso, a arrecadação dos tributos cobrados por Roma também sofreu redução porque havia menos produtos disponíveis.
Apesar da menor arrecadação, Roma resolveu aumentar os impostos porque revoltas dentro do próprio império começavam a acontecer e, além disso, alguns povos germânicos começavam a guerrear nas fronteiras do império. O aumento de impostos era destinado para a formação e manutenção dos exércitos. Não podemos esquecer que o surgimento do cristianismo e o Império Romano são da mesma época e essa crença tornou-se uma religião que questionava o poder do próprio imperador romano por defender que ele não era um deus e que a religião de Roma deveria ser monoteísta e não politeísta.
 Os imperadores romanos tentaram resolver os problemas existentes por diferentes medidas. O imperador Diocleciano acreditava que o império tinha muitos problemas por causa do seu tamanho, por isso, resolveu dividi-lo em Ocidente e Oriente. Porém, após a sua morte, essa divisão foi desfeita.
No ano de 313 d.C. o imperador Constantino concedeu liberdade religiosa aos cristãos quando assinou o Édito de Milão. Parar de perseguir os cristãos era menos um problema para o imperador romano, a partir desse momento, quando cada pessoa poderia adotar a religião que quisesse. Além de assinar esse documento, Constantino incentivou o comércio na parte oriental do império, principalmente, na região da cidade de Constantinopla, para tentar resolver os problemas econômicos do império.
O imperador Teodósio governou de 369 a 395 d. C. foi mais longe do que Constantino com relação à religião. Ele mesmo se converteu ao cristianismo e, com isso, todo o Império passou a praticar e defender a religião cristã e a antiga religião politeísta foi proibida. O Império Romano passou a ter uma religião oficial. Além disso, Teodósio dividiu novamente o império em Império Romano Ocidental com capital em Roma e Império Romano Oriental, com capital em Constantinopla.
Apesar de todas essas medidas, o império já não tinha mais forças. Pouco tempo depois, em 476 d.C, o imperador Rômulo Augusto foi retirado do poder por um dos povos germânicos que ameaçavam o império: o povo hérulo. Como mostrei na página 216, havia vários povos germânicos que se deslocavam em direção ao império, alguns se mantiveram dentro dos limites dos domínios romanos sem guerrear contra o império. Porém, outros povos não eram tão pacíficos e invadiam o império através da guerra.

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Cronologia
313 d.C.: Constantino concedeu liberdade religiosa aos cristãos quando assinou o Édito de Milão
369 a 395 d.C Teodósio: conversão para o cristianismo. A nova religião se torna a religião oficial de todo o Império.
Divisão do império em Império Romano Ocidental com capital em Roma e Império Romano Oriental, com capital em Constantinopla.

476 d.C.: fim do Império Romano Ocidental.