Expansão territorial
Podemos entender a expansão de Roma como a expansão de poder da cidade. Nesse processo, Roma dominou outras cidades que até então eram livres. Se no século V a.C. o exército era formado apenas para defender a cidade de eventuais invasores, com o início da expansão as forças militares passaram a ser permanentes. Os romanos levaram cerca de 300 anos, entre os séculos III e I a.C., para dominar toda a região que faz parte hoje da Itália, grande parte da Europa, algumas regiões do Oriente Médio e algumas regiões do norte da África. Essas conquistas trouxeram profundas mudanças para a sociedade romana.
Nesse processo de expansão, algumas cidades tornaram-se aliadas de Roma, outras foram dominadas e nomeados representantes romanos para governa-las.
A sociedade e a economia romana após as conquistas
A expansão do domínio romano trouxe muitos benefícios para o Estado romano (Roma) que passou a receber impostos de outras regiões e conseguiu controlar terras de outras localidades. No entanto, os benefícios da ampliação do poder romano ficaram restritos aos patrícios. Com relação à distribuição de terras deve-se destacar que a maior quantidade de terras disponíveis não significou maior acesso à terra pelos plebeus. Ao contrário, os patrícios, que ocupavam os principais cargos do governo, distribuíam as terras entre si.
Para o pequeno comerciante a dominação romana também não foi positiva, pois era muito comum que essas pessoas se vissem obrigadas a fazer parte do exército romano e sair em batalhas, enquanto as suas próprias plantações eram deixadas de lado. Além disso, Roma passou a receber muitos produtos de diferentes regiões, o que fez com que as produções locais tivessem que concorrer com os produtos que não eram romanos.
Reformas sociais e a crise na República romana
As reformas sociais elaboradas pelos Irmãos Graco tinham por objetivo reduzir as desigualdades cada vez maiores após as conquistas. Duas leis foram elaboradas e colocadas em prática por um curto período de tempo.
Lei Agrária: objetivo de redistribuir terras conquistadas entre agricultores empobrecidos e fixar limites no tamanho das propriedades.
Lei do Trigo: objetivo de garantir o acesso ao trigo através da redução de preço do produto.
As reformas foram feitas por pouco tempo, pois os patrícios não estavam interessados que essas leis fossem postas em prática e, por isso, tramaram o assassinato dos Irmãos Graco, os criadores dessas leis.
Outro problema surgido a partir da dominação romana foi a necessidade da criação de uma boa administração das regiões conquistadas. Para solucionar essa questão foi posta em prática uma reforma militar que estabeleceu a criação de um exército permanente e pago pelo próprio Estado. Esta nova realidade atraiu muitas pessoas empobrecidas porque a partir desse momento, entrar no exército era a possibilidade de garantir o próprio sustento e obter talvez terras saqueadas. Porém, o que era para ser uma solução tornou-se também um problema porque os soldados tornaram-se muito mais fiéis aos seus generais, o que aumentou o poder e influência política destes.
Triunviratos
Como consequência do aumento da influência política dos generais e diante do aumento constante dos territórios dominados por Roma, o Senado se viu forçado a criar os triunviratos, um sistema que divida diversas regiões dominadas em três partes, cada uma controlada por um general.
É importante destacarmos o triunvirato de Júlio César, Pompeu e Crasso. Júlio César ampliou as conquistas romanas dominando o Egito e a região que hoje corresponde a França, realizou obras de infra-estrutura e de administração pública, distribuiu terras para ex-combatentes e ampliou a cidadania romana para outras províncias. Todas essas medidas fizeram com que a população apoiasse Júlio César. No entanto, o Senado não estava satisfeito com a concentração de poder em torno dele e tramou o seu assassinato.
Bons estudos!!!