terça-feira, 23 de setembro de 2014

Capítulo 7 - A Grécia Clássica e a civilização helênica

Olá,
Como o título já diz, esse post é sobre o capítulo 7.
Na AV2 teremos os capítulos 6 e 7.
Destaquei alguns tópicos para vocês estudarem com atenção. Pedi para anotarem no caderno também.
- a ideia que trabalhamos de cidades-Estados
- a democracia ateniense: quem podia participar
- o aedo e as histórias da Ilíada e da Odisseia
- as diferenças entre Atenas e Esparta


Guerras Greco-Pérsicas
    As Guerra Greco-Pérsicas também podem ser chamadas de Guerras Médicas. O conflito envolveu os gregos e os persas. A motivação desse conflito é explicada pela constante expansão dos persas, que conseguiram dominar a Mesopotâmia, Egito e Fenícia. A partir do momento que os persas iniciaram as conquistas de cidades gregas na Jônia (Ver página 135 e 155), os atenienses apoiaram as cidades jônicas contra os persas. É isso que explica o conflito direto entre gregos e persas.
    
Liga de Delos
     Como consequência desse conflito várias cidades gregas se aliaram para lutar contra o Império Persa para manter a sua liberdade. Lembrem: comentei várias vezes que as cidades gregas eram independentes uma das outras, apesar do grande poder de Atenas.
       Essa aliança recebeu o nome de Liga de Delos. Esta liga era uma união de forças; uma aliança feita entre cidades gregas que tinha o objetivo de lutar juntos contra os persas. Porém, para que essa união militar fosse possível, as cidades gregas deveriam pagar tributos (impostos) para Atenas. Chamei atenção que essa era a principal cidade do mundo grego que estamos estudando, Atenas era a cidade mais rica e mais forte e de enorme importância política. Esse tributo era pago para reunir recursos para montar a força militar que combateria os persas, mas também era pago por algumas cidades que não queriam se envolver nesse conflito ou porque não tinham como formar uma força militar.
     Curiosamente, essa liga reforçou a ligação comercial existente entre Atenas e as demais cidades gregas, como consequência houve o enriquecimento de Atenas, o que favoreceu o aumento no número de escravos e o fortalecimento da democracia. Já que através do enriquecimento da cidade e de alguns grupos da sociedade, tornou-se mais fácil adquirir escravos. Esse fenômeno fortaleceu a democracia ateniense porque para participar da política da cidade era necessário tempo livre. Em outras palavras, os escravos trabalhavam para os cidadãos atenienses, enquanto estes participavam da vida política da cidade.
(Ver livro: página 157)

Guerra do Peloponeso (Atenas X Esparta)
    Essa guerra foi um conflito entre principais cidades gregas, Atenas e Esparta. O conflito é uma consequência das interferências que Atenas estava cometendo contra várias cidades gregas (Obs: lembrem que as cidades eram independentes) e essas interferências são frutos da grande importância de Atenas e da união estabelecida através Liga de Delos.  
      Esparta era uma das poucas cidades que conseguiam rivalizar com o poder ateniense, fato, aliás, que ficou comprovado, já que Esparta saiu vitoriosa desse conflito. Não se deve esquecer, porém, que ao longo das batalhas Atenas estava enfraquecida pela peste e por levantes das cidades que compunham a Liga de Delos.

Crise na Grécia

     Todo esse contexto de conflito contra Esparta e o questionamento das cidades associadas à Liga de Delos enfraqueceram o poder de Atenas. Nesse momento de crise começam a surgir os questionamentos e é a partir disso que surgem os primeiros grandes filósofos, como Sócrates, Platão e Aristóteles.                        Conseguimos ter conhecimento sobre a filosofia socrática através dos seus discípulos, Platão e Aristóteles. Uma das frases mais conhecidas atribuída a Sócrates é: “Conhece-te a ti mesmo”. Nessa frase o filósofo grego busca, em síntese, entender o modo que as pessoas pensavam, como elas se comportavam e quais eram seus valores. A partir disso, Sócrates tentava fazer com que elas refletissem sobre as mesmas de maneira crítica.

A conquista macedônica e o Helenísmo
        A conquista foi possível porque, como já mencionado, as cidades gregas e Atenas, estavam envolvidas em conflitos, e isto desgastou a força da cidade e seus recursos.
       Para conseguir promover a integração das diferentes regiões do Império Alexandrino, que compreendia a enorme região entre a Índia e a Macedônia (Ver o mapa da página 165: O Império de Alexandre), o imperador Alexandre viu na cultura grega o fator que poderia integrar todos os seus domínios. É por isso que o período helenístico é caracterizado pelo incentivo à cultura grega e pelo desenvolvimento dos conhecimentos das ciências naturais e de discussões sobre o universo e os seres.

        Porém, não esqueçam que antes mesmo da dominação os gregos já viviam um grande desenvolvimento cultural e de conhecimentos. Lemos em sala que os gregos foram “os pais” da física, matemática e medicina. Também foi na Grécia que surgiu a História, com Heródoto.


Bons estudos!!!

Capítulo 6 - "Grécia: a formação das cidades-Estado"

Olá, pessoal.
Este texto é um resumo da primeira aula sobre Grécia. Nele, tratei de questões como a formação da Grécia, a língua e a religião grega, a cidadania e a participação política.
Cap. 6 - pág.132-151.

Grécia: a formação das cidades-Estado

                O termo “gregos” era usado pelos romanos para dar nome aos helenos, ou seja, aqueles que habitavam a Hélade, região que atualmente abriga a Grécia. Ao contrário das regiões anteriormente estudadas, não devemos pensar numa civilização nascida perto de rios e dependente deles. No caso grego, devemos ter em mente que, como consequência das características da geografia física da região, foram formadas várias cidades-Estados independentes.
                Apesar de optarem por diferentes formas de governos (como a democracia, tirania e aristocracia) nas diversas regiões gregas, havia duas características muito importantes que eram comuns aos gregos, a língua e a religião. Com relação à linguagem escrita ou ao alfabeto, é importante destacar que os gregos fizeram uso do alfabeto inventado pelos fenícios e acrescentaram as vogais.
 Sobre a religião, é comum mencionar os diversos deuses gregos (como Zeus, Apolo, Atenas, Hades, Ares, dentre outros) e as suas histórias, que deram origem a mitologia grega. As mitologias são narrativas que tentam explicar o mundo e mostram como os gregos entendiam e viam a realidade na qual viviam. Estamos tratando, então, de uma religião politeísta. Além disso, os deuses gregos não eram em nada semelhante ao Deus que conhecemos hoje. Os deuses eram imortais e imperfeitos e podiam ter sentimentos pouco relacionados a deuses, como inveja e ódio. Cada cidade cultuava um determinado deus. Uma característica importante na religião grega eram as festas e os jogos dedicados aos deuses. Como exemplo, temos os Jogos Olímpicos, que deram origem às Olimpíadas, dedicados a Zeus.
                Com relação à formação da Grécia, deve-se destacar que a Grécia antiga é resultado da união de diferentes povos vindos de regiões distintas. Como mencionado anteriormente, era comum que os gregos explicassem o mundo através dos mitos. Isso não foi diferente quando trataram da sua formação e da sua história quando elaboraram o mito de Teseu.

Período Homérico
É nesse momento que surgem as histórias de Ulisses e da Guerra de Troia, ambas histórias que nos contam sobre o mundo grego. Essas narrativas eram preservadas pelo aedo, uma espécie de contador de histórias, responsável por memorizar os fatos e narrá-los. O mais famoso dos aedos teria sido Homero, escritor da Ilíada que conta a Guerra de Troia e a Odisseia, que trata das aventuras de Ulisses até conseguir retornar para sua casa.

Período Arcaico
                A partir do século VIII a. C. há, de fato, a formação das cidades-Estado, ajudada pelo crescimento das cidades gregas, inclusive em termos comerciais. Por isso, uma vez formadas essas cidades era preciso, então, de pessoas que comandassem a política. A opção política de governo poderia variar muito e, dentro dessa variedade podemos destacar o governo dos aristocratas. Os aristocratas eram pessoas enriquecidas através da tomada de terras de camponeses endividados.

                Já que estamos falando de “Política”, é muito importante pensar quais pessoas seriam consideradas cidadãs na Grécia. Na polis (cidade) o cidadão é aquele que tem direitos políticos e para ter esses direitos era preciso que a pessoa participasse da vida política, comparecendo às Assembleias, na Ágora (praça) ou que participasse da defesa da polis. Porém, algumas pessoas não eram consideradas cidadãs nessa época e, por isso, eram excluídos da participação política, como as mulheres, os estrangeiros e os escravos.



Bons estudos! :)