segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estudo Dirigido

Meninos e Meninas,
escreverei nesse post o que é essencial saber para a prova na quinta.

Matéria da prova
Capítulo 8 - das comunidades primitivas à República (páginas 170-189)

Nas nossas aulas sobre Roma sempre mencionei que a sociedade romana no período que estamos estudando era patriarcal, inclusive, lemos um trecho em aula para deixar bem claro o que o termo significava. Quando dizemos que a família romana é patriarcal deseja-se afirmar que as famílias eram controladas pelos homens, principalmente os mais velhos. Por causa desse fato, os pais tinham grande controle sobre a vida dos seus familiares. Eles podiam até decidir diferentes aspectos sobre o futuro de seus filhos. Revisitem a página 174 e 175.

Em todas as aulas lembrei vocês sobre os principais grupos sociais de Roma: os patrícios e os plebeus.
Os patrícios formavam a aristocracia rural. Pessoas ricas que dominaram as terras que antes eram comunitárias, transformando-as em propriedade particular.
Os plebeus eram pessoas comuns, aquelas que não pertenciam a nenhuma família importante, eram os camponeses, os artesãos, dentre outros. Por muito tempo os plebeus não podiam participar da política, ou seja, não tinham direitos políticos.

Não se esqueçam dos clientes. Os clientes eram plebeus dependentes dos patrícios, pessoas que os serviam em troca de proteção e sustento. 
Isto está na página 177. Confiram!

Política na Monarquia
Essa parte é difícil (e chata!). Mais de uma vez chamei a atenção de todos para a forma como era organizada a política no período da Monarquia, quando Roma era governada por reis. 
O poder era dividido entre o Rei, o Senado e as Assembleias. 

Rei - maior chefe militar, religioso e juiz.
Senado - composto pelos chefes das principais famílias patrícias
                O Senado tinha o poder de vetar certas decisões do rei, desde que ela fosse contrárias à leis ou costumes romanos.
Assembleia - ocupado por patrícios e clientes.

Podemos afirmar então que o rei não tinha plenos poderes para decidir de acordo somente com as suas vontades. O Senado era um meio de limitar o poder monárquico.

Leiam a página 178 - "A política"

República
Mesmo com um possível controle do Senado mencionado há pouco, os patrícios não estavam satisfeitos com o grande poder que os reis possuíam e, com isso, estabeleceram a República, eliminando o rei.  

Na República a administração cabia aos cônsules e era função deles também comandar o exército.
O Senado continuou existindo e era ocupado apenas pelos patrícios. Por outro lado, as Assembleias passaram a aceitar também os patrícios. 
Cabia ao Senado propor lei, aprovar decisões das Assembleias e opinar sobre questões financeiras e sobre a política externa.
A participação política de patrícios e plebeus ocorria de modo diferente. Os patrícios poderiam se candidato e votar nos magistrados e senadores. Porém, os plebeus podiam apenas votar, jamais se candidatar.
Estudem bem o quadro da página 180 e leiam o trechinho da página 181.

Expansão Romana
Esse assunto faz parte de todos os demais a partir daqui. Tudo o que foi conversado surge a partir da expansão dos domínios de Roma.
A expansão territorial foi decisiva na transformação da sociedade romana e um dos principais fatores que explicam esse avanço é a falta de terras.
Cronologia da Expansão
século III - península Itálica (Itália)
século II - Cártago, Península Ibéria e Ásia Menor
século I - Gália e Egito

(Não se preocupem em decorar isso. É só para vocês saberem)

Nesse processo de expansão algumas cidades tornaram-se aliadas de Roma, enquanto outras foram submetidas ao poder romano, passaram a pagar impostos e fornecer escravos. 

Podemos apontar as seguinte consequências sobre a expansão romana:
a) reforço das desigualdades sociais e a tentativa de reduzi-las através da leis dos Irmãos Graco. 
b) aumento do escravidão.
c) maior poder para os generais romanos e a criação dos triunviratos.

a) reforço das desigualdades sociais e a tentativa de reduzi-las através da leis dos Irmãos Graco.
(páginas 183 e 184)
A expansão dos domínios foi muito benéfica para o Estado romano que passou a receber tributos de diferentes regiões e para os patrícios que obtiveram mais terras. Porém, as pessoas comuns e mais pobres viram a sua qualidade de vida piorar. Os camponeses, muitas vezes convocados para fazer parte do exército romano, eram obrigados a deixarem suas plantações para guerrearem em outros lugares. Quando retornavam e coloca os seus produtos a venda tinham que conviver com a forte concorrência com os demais produtos vindos das regiões dominadas por Roma.

Para tentar diminuir as desigualdades reforçadas a partir da expansão, dois plebeus - os Irmãos Graco, elaboraram a Lei Agrária e a Lei do Trigo.
Lei Agrária: redistribuía e limitava o tamanho das propriedades entre agricultores empobrecidos
Lei do Trigo: reduzia o preço do trigo para garantir o acesso.

b) aumento do escravidão 
(páginas 185 e 186)
A escravidão está totalmente associada ao processo de expansão romano. Várias pessoas que tornaram-se escravas eram guerreiras, soldados derrotadas em batalhas. É fundamental que vocês entendam que a escravidão é violenta em qualquer tempo e lugar. No entanto, nessa época, o escravo possuía uma série de conhecimentos, direitos e algum grau de liberdade. Isso não quer dizer que não houvessem revoltas escravas, como a de Espártaco.

c) maior poder para os generais romanos e a criação dos triunviratos
(páginas 184 a partir do 3° parágrafo e página 186)
A criação dos triunviratos e o aumento do poder dos generais romanos gerada pela reforma militar também estão relacionados à expansão romana. 
A reforma militar estabeleceu duas medidas: em uma criou-se o exército permanente romano e na outra, ficou decidido que o Estado romano pagaria os seus soldados. Por causa desses medidas o exército passou a atrair também camponeses empobrecidos, pois a força militar tornou-se um meio de obter sustento. Além disso, esses novos soldados eram mais fieis aos seus generais do que ao Estado. Este fato aumento o poder político dos comandantes já que eles eram os responsáveis pelo controle do exército e pela expansão.

A partir do aumento de poder dos generais e do crescimento dos territórios controlados pelos romanos, o Senado criou o triunvirato, trata-se de uma divisão de domínios em três partes concedida a três generais diferentes.

Destaquei o triunvirato de Júlio César, Crasso e Pompeu.
Júlio César foi responsável por ampliar os domínios romanos e ocupou diferentes cargos romanos ao mesmo tempo. Ele foi responsável também pela distribuição de terras aos ex-combatentes, expandiu a cidadania para outras províncias e realizou diversas obras em Roma. Por isso, a população apoiava Júlio César. Quem não gostava do general eram os patrícios, pois consideram o comandante romano uma pessoa que centralizava os poderes, desagradando os senadores patrícios.
Houve também o triunvirato de Marco Antônio e Caio Otávio e Lépido.


Estudem
Até mais!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Capítulo 8 - continuação

Expansão territorial
Podemos entender a expansão de Roma como a expansão de poder da cidade. Nesse processo, Roma dominou outras cidades que até então eram livres. Se no século V a.C. o exército era formado apenas para defender a cidade de eventuais invasores, com o início da expansão as forças militares passaram a ser permanentes. Os romanos levaram cerca de 300 anos, entre os séculos III e I a.C., para dominar toda a região que faz parte hoje da Itália, grande parte da Europa, algumas regiões do Oriente Médio e algumas regiões do norte da África. Essas conquistas trouxeram profundas mudanças para a sociedade romana.
Nesse processo expansão, algumas cidades tornaram-se aliadas de Roma, outras foram dominadas e nomeados representantes romanos para governa-las.

A sociedade e a economia romana após as conquistas
A expansão do domínio romano foi muito benéfica para o Estado romano, que passou a receber além de impostos de outras regiões terras de outras localidades e para os patrícios. No entanto, os benefícios da ampliação do poder romano ficaram restritos aos patrícios. Com relação à distribuição de terras deve-se destacar que a maior quantidade de terras disponíveis não significou maior acesso à terra pelos plebeus. Ao contrário, os patrícios, que ocupavam os principais cargos do governo, distribuíam as terras entre si. 
Para o pequeno comerciante a dominação romana também não foi positiva, pois era muito comum que essas pessoas se vissem obrigadas a fazer parte do exército romano e sair em batalhas, enquanto as suas próprias plantações eram deixadas de lado. Além disso, Roma passou a receber muitos produtos de diferentes regiões, o que fez com que os produtos locais tivessem que concorrer com os produtos que não eram romanos.

Reformas sociais  e a crise na República romana
As reformas sociais elaboradas pelos Irmãos Graco tinham por objetivo reduzir as desigualdades cada vez maiores após as conquistas. Duas leis foram elaboradas e colocadas em prática por um curto período de tempo.
Lei Agrária: objetivo de redistribuir terras conquistadas entre agricultores empobrecidos e fixar limites no tamanho das propriedades.
Lei do Trigo: objetivo de garantir o acesso ao trigo através da redução de preço do produto.

As reformas foram feitas por pouco tempo, pois os patrícios não estavam interessados que essas leis fossem postas em prática e, por isso, tramaram o assassinato dos Irmãos Graco, idealizadores das leis.


Outro problema surgido a partir da dominação romana foi a necessidade da criação de uma boa administração das regiões conquistadas. Para solucionar essa questão foi posta em prática uma reforma militar. As medidas tomadas nessa reforma foi a criação de um exército permanente e pago pelo próprio Estado. Esta nova realidade atraiu muitas pessoas empobrecidas porque a partir desse momento, entrar no exército era possibilidade de garantir o próprio sustento e obter talvez terras saqueadas. Porém, o que era para ser uma solução tornou-se também um problema porque os soldados tornaram-se muito mais fiéis aos seus generais, o que aumentou o poder e influência política destes.

Triunviratos
Como consequência do aumento da influência política dos generais e diante do aumento constante dos territórios dominados por Roma, o Senado se viu forçado a criar os triunviratos, um sistema que divida diversos regiões dominadas em três partes, cada uma controlada por general.

É importante destacarmos o triunvirato de Júlio César, Pompeu e Crasso. Júlio César ampliou as conquistas romanas dominando o Egito e a região que hoje corresponde a França, realizou obras de infra-estrutura e de administração pública, distribuiu terras para ex-combatentes e ampliou a cidadania romana para outras províncias. Todas essas medidas fizeram com que a população apoiassem Júlio César. No entanto, o Senado não estava satisfeito com a concentração de poder em torno dele e tramou o seu assassinato.



Bons estudos!!!

Capítulo 8 - Roma: das comunidades primitivas à República

Olá pessoal,
o post do capítulo 8 é sobre as nossas duas últimas aulas que tivemos e a aula seguinte. Na última aula, terminamos o período monárquico e começamos o República. Vou escrever sobre tudo isso e dividirei em duas partes para não ficar muito longo.

Período Monárquico
Sociedade patriarcal
A primeira característica que destaquei para vocês sobre Roma Antiga foi o fato daquela sociedade ser patriarcal. Isso quer dizer que os pais (ou os homens) tinham grande poder sobre a sua família e podiam determinando vários aspectos da vida de seus membros. Em sala, lemos as páginas 174, a partir do terceiro parágrafo e a 175. Seria interessante que você lessem novamente esses trechos.

Grupos sociais
O ponto mais importante que vocês devem aprender sobre esse tópico é ter em mente a divisão entre patrícios e plebeus. Essa diferenciação passou a existir a partir do momento que as terras pertencentes aos pequenos grupos familiares foram, ao poucos, sendo dominadas pelas poderosas famílias aristocráticas (pessoas que possuíam recursos e que participavam das guerras). Por isso, as terras passaram a ser de propriedade apenas dessas poderosas famílias e não mais dos antigos grupos familiares.
Os patrícios formam a aristocracia  e possuem direitos políticos, ou seja, podiam participar das decisões da cidade, nas Assembleias ou no Senado. Por outro lado, os plebeus eram as pessoas comuns que não pertencem a nenhuma família importante e não possuíam direitos políticos.

Resumindo
Patrícios: eram os aristocratas. Possuem direitos políticos
Plebeus: eram as pessoas comuns, como os artesãos, comerciantes, camponeses. Não possuem direitos políticos.

Política na Monarquia
Tentei destacar para vocês como era dividida e organizada a política no início da história romana; no período monárquico. Havia a divisão entre o Rei, o Senado e a Assembleia.
O Rei era o maior chefe militar, religioso e juiz de Roma. 
O Senado, composto pelos chefes das principais famílias patrícias e a Assembleia era composta também pelos patrícios e os clientes.
O que é muito importante que vocês aprendam é que o poder era dividido. O Rei não governava sozinho e, inclusive, o Senado tinha o poder de vetar (suspender) determinações do rei, desde que elas fossem contrárias às leis e aos costumes. 

Os clientes eram plebeus dependentes  das famílias patrícias. Essas pessoas em troca de proteção e sustento serviam aos patrícios.

Apesar dessa divisão os reis ainda tinham muito poder nas suas mãos, fato que não agradava os patrícios. Por isso, esse grupo deu fim ao poder régio e estabeleceu a República. 

República Romana
No início do período republicano romano apenas o patrícios possuíam direitos políticos e os plebeus continuavam excluídos da política. Entretanto, Roma era extremamente dependente dos plebeus e, por isso, esse grupo começou a reivindicar participação nas decisões sobre a cidade.
A partir dessas reivindicações os plebeus conseguiram a criação do cargo de tribuno da plebe para defender seus direitos e formular a Lei das 12 Tábuas; regulações que valiam para plebeus e patrícios e regulavam diferentes aspectos da vida em Roma.

Poder na República
Como não havia mais um rei, o poder no período republicano era exercido pelos cônsules (ou magistrados). Era função deles comandar o exército e administrar a cidade por um ano. O poder continuavam dividido entre o Senado e a Assembleia.
Quais eram as funções do Senado? Propor leis, aprovar ou não leis e determinações das Assembleias e opinar sobre questões financeiras e de política externa.
A escolha de quem ocuparia os cargos ocorriam através das eleições. Os patrícios podiam se candidatar e eleger senadores e magistrados.  Os plebeus, por sua vez, podiam apenas votar nos magistrados, mas não podiam se candidatar.